segunda-feira, 13 de abril de 2009

A PALAVRA DE DOM ERCÍLIO TURCO, BISPO DE OSASCO


PRONUNCIAMENTO DE D. ERCÍLIO TURCO, EM 2007, REFERINDO-SE AO PROCESSO DE BEATIFICAÇÃO DE GINETTA CALLIARI.

Ao olharmos a história da Igreja, notamos o grande número de cristãos que viveram com convicção o amor e se santificaram exercendo-o no relacionamento com Deus e com os irmãos, em gestos concretos a serviço da vida e do Reino, como Madre Teresa de Calcutá e, em nossa pátria, a muito amada pelo povo Irmã Dulce, além do inesquecível Dom Hélder, ainda não declarados santos pela Igreja, mas verdadeiros exemplos de santidade.
Muitos vivem a santidade no dia-a-dia junto de nós, ainda vivos, nas comunidades e nos movimentos católicos, como Chiara.
Outros já partiram, como Ginetta conhecida por muitos. Tendo vivido tão perto de nós, deixou uma marca de santidade nos corações dos que se aproximaram dela.
Há também aqueles que viveram a fé e o amor no interior da Igreja, assumiram uma vida nova, ressuscitados porque convertidos, doaram sua vida a serviço dos outros e se transformaram em luzes que foram se consumindo como o círio pascal para que outros tivessem vida e vivessem abundantemente, e por isso a Igreja os declarou santos, modelos para todos nós.
Os santos viveram o essencial do Evangelho, o amor. O amor foi a marca de suas vidas, um amor que frutificou em vida, sentido de vida para os outros.
A missão dos cristãos é viver a santidade, confiança em Deus e amor filial e fraterno para serem luzes, sal e fermento na santificação dos irmãos e das realidades terrestres.

Não conheci pessoalmente Ginetta. As pessoas que conviveram com ela testemunham que sua vida era espelho de caridade, de fraternidade e de unidade, alguém cuja vida, presença e ação foi significativa para os cristãos e também para além dos horizontes cristãos. Ela viveu sua fé com grande intensidade, confiando plenamente em Deus, uma fé que frutificou para o bem dos irmãos e viveu o amor traduzindo-o em obras concretas que promoveram a fé, a vida e a unidade.





Diante disso concluí que seria possível começar, no momento propício – transcorrido o tempo previsto pela legislação da Igreja – os trabalhos para a beatificação e canonização de Ginetta, porque ela serve de exemplo não só para os membros do Movimento dos Focolares, mas também para toda sociedade.
Ginetta foi leiga. Sua vida mostra a todos os leigos e leigas que é possível amar, é possível viver a fé hoje e criar iniciativas que promovam a vida, a fé, a unidade e a paz.