quinta-feira, 20 de maio de 2010

Testemunhos sobre Ginetta

Conheci o Movimento dos Focolares no final de 1961, numa Mariápolis em Garanhuns, Nordeste do Brasil. E foi ali que conheci Ginetta, uma das primeiras focolarinas que veio para o Brasil. Ela falava todos os dias na Mariáplis e tudo o que dizia me impressionava muito, porque ela era como o fogo, e nos transportava para o que ela vivia. Eu queria muito falar com ela pessoalmente, mas havia muita gente ao seu redor. No último dia da Mariápolis, com espontaneidade ela me pegou pelo braço e fomos conversar numa salinha. Pela primeira vez na minha vida eu tive coragem de abrir a minha alma para uma pessoa que eu não conhecia muito. Ela me convidou para conhecer o focolare e ali eu me senti como se estivesse em casa. Ginetta sempre nos dizia algo que nos levava a viver aquele Ideal que ela pronunciava pelos tetos. Era incrível como a gente se trasformava diante das atitudes de Ginetta, tudo era positivo.
Eu me lembro de algum fato. Eu estava no focolare e vi uma pia suja, mas a deixei suja pois tinha outras coisas a fazer. Naquele momento Ginetta passou, me olhou e disse: esta pia está suja; se Jesus (presente no irmão) vem lavar as mãos vai encontrar a pia suja. Ela tornava a nossa vida maravilhosa, havia uma luz, era incrível ver como ela agia.
Ela nos ensinava como lavar a roupa, como manter o ambiente de trabalho em ordem, e dizia: antes de começar a trabalhar, arrumamos tudo poque Jesus deve poder vir e estar presente entre nós. Um dia, eu vi que ela pegou uma toalha de papel e enxugou as gotinhas do chão; em seguida, passou a vassoura e tirou a poeira, e me lembrava que podemos fazer tudo isso por Jesus.
Eu me recordo também de quando ela ia à praia. Ela já morava em São Paulo, mas gostava de fazer férias no Nordeste, para poder visitar os focolares e as pessoas do Movimento e, ao mesmo tempo, fazer uns dias de descanso. Ela ia à praia da Piedade, em Recife. De manhã cedo íamos fazer uma caminhada na praia e foi ali que, a um certo momento, ela começou a recolher o lixo. Um pouco depois ela me disse: Sabe por que eu faço isso? Temos de ajudar a manter a praia limpa porque a natureza deve falar de Deus.
Tudo isso ficou impresso na minha mente: limpar o ambiente antes de trabalhar, deixar tudo perfeito, cuidar da natureza porque expressa Deus e principalmente fazer as coisas por Jesus.
O meu relacionamento com Ginetta hoje...
Ginetta não é uma pessoa morta, ela está viva em tudo aquilo que nos deixou como herança do Ideal da Unidade. A sua foto sorridente me faz estar também com aquele sorriso e tentar ser como ela.
A.F.S

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