TRECHO EXTRAÍDO DO LIVRO "GINETTA. UMA VIDA PELO IDEAL DA UNIDADE", pg. 115, Editora Cidade Nova.
(Foto do primeiro focolare, na praça Cappuccini, em Trento, Itália)
"Senhor, manda-me almas".
Como estávamos em tempos de guerra, faltava tudo, e Deus quis se servir de mim como instrumento para levar a providência ao primeiro focolare do mundo, na praça Cappuccini.
Como fazíamos parte da Ordem Terceira Franciscana, logo nos confiaram os pobres. A certo ponto, Chiara confiou a mim todos eles, e assim era eu que devia procurar a providência. Nesse tempo, eu ainda não morava no focolare. Todos os sábados, as primeiras focolarinas iam visitá-los levando aquela providência que chegava.
E Chiara ficava sempre feliz quando eu me apresentava com a providência! Mas um dia, ela me chamou de lado e me disse:
- Ginetta, gosto quando você chega com a providência, mas eu ficaria mais contente se você trouxesse outras pessoas.
A este ponto, tive a impressão de que Chiara estivesse me pedindo algo que ia além das minhas possibilidades, de que eu nunca teria podido dar uma resposta concreta a este pedido. E se não caí no chão naquele momento foi mesmo pela graça de Deus, porque tomei um susto...! Como se Chiara me dissesse: "Vamos ver se você é ou não é feita para nós".
Fui para casa e disse à minha mãe:
- Mãe, a partir de hoje não volto mais para almoçar em casa; vou ficar no escritório, porque tenho de fazer horas extras.
Tinha três horas de folga entre o expediente da manhã e o da tarde, das doze às três. Assim, organizei essas três horas: a primeira para escrever a pessoas que tinha conhecido na minha vida, para ver se no futuro seria possível transmitir-lhes essa minha escolha de vida, essa experiência. A segunda hora, para ler a vida dos santos - porque dizia a mim mesma: Não há um santo que não tenha conseguido criar ao seu redor uma família espiritual, uma comunidade. E os santos tornaram-se meus mestres. A terceira hora a transcorria em um igreja dedicada a Maria Menina, que estava sempre vazia. (...) Das duas às três eu ficava de joelhos diante do sacrário da igreja de Nossa Senhora Menina, pronunciando a mesma oração do santo Cura D'Ars, ligeiramente diferente: "Senhor, eu te amo, ma não te amo suficientemente; manda-me almas!" Mas era uma súplica, era como um gemido! Continuei, não sei por quanto tempo, a dirigir a Deus esse pedido. E aos poucos vi que uma jovem ou um adulto, ou... vinham me procurar para conhecer algo da minha vida, porque viram que eu estava tão diferente de como era antes! E assim se formou um grupinho ao meu redor.
Um dia Chiara me disse:
- Ginetta, quero conhecer aquele grupo de pessoas às quais você transmitiu a espiritualidade, o Ideal.
Fomos todas ao focolare, na praça Cappuccini. Chiara conversou com cada uma; depois, elas foram embora, e Chiara me disse:
- Ginetta, gostei de ter conversado com aquelas pessoas, fiquei contente! Se você tivesse me apresentado um grupinho de jovens, de adolescentes, teria dito que você não deu o Evangelho na sua pureza; se você tivesse me apresentado um grupo de velhinhas, teria dito a você a mesma coisa. Ouvindo-as, percebi que você deu a elas o Evangelho puro, não um Evangelho diluído, mas o Evangelho puro!
(Foto do primeiro focolare, na praça Cappuccini, em Trento, Itália)
"Senhor, manda-me almas".
Como estávamos em tempos de guerra, faltava tudo, e Deus quis se servir de mim como instrumento para levar a providência ao primeiro focolare do mundo, na praça Cappuccini.
Como fazíamos parte da Ordem Terceira Franciscana, logo nos confiaram os pobres. A certo ponto, Chiara confiou a mim todos eles, e assim era eu que devia procurar a providência. Nesse tempo, eu ainda não morava no focolare. Todos os sábados, as primeiras focolarinas iam visitá-los levando aquela providência que chegava.
E Chiara ficava sempre feliz quando eu me apresentava com a providência! Mas um dia, ela me chamou de lado e me disse:
- Ginetta, gosto quando você chega com a providência, mas eu ficaria mais contente se você trouxesse outras pessoas.
A este ponto, tive a impressão de que Chiara estivesse me pedindo algo que ia além das minhas possibilidades, de que eu nunca teria podido dar uma resposta concreta a este pedido. E se não caí no chão naquele momento foi mesmo pela graça de Deus, porque tomei um susto...! Como se Chiara me dissesse: "Vamos ver se você é ou não é feita para nós".
Fui para casa e disse à minha mãe:
- Mãe, a partir de hoje não volto mais para almoçar em casa; vou ficar no escritório, porque tenho de fazer horas extras.
Tinha três horas de folga entre o expediente da manhã e o da tarde, das doze às três. Assim, organizei essas três horas: a primeira para escrever a pessoas que tinha conhecido na minha vida, para ver se no futuro seria possível transmitir-lhes essa minha escolha de vida, essa experiência. A segunda hora, para ler a vida dos santos - porque dizia a mim mesma: Não há um santo que não tenha conseguido criar ao seu redor uma família espiritual, uma comunidade. E os santos tornaram-se meus mestres. A terceira hora a transcorria em um igreja dedicada a Maria Menina, que estava sempre vazia. (...) Das duas às três eu ficava de joelhos diante do sacrário da igreja de Nossa Senhora Menina, pronunciando a mesma oração do santo Cura D'Ars, ligeiramente diferente: "Senhor, eu te amo, ma não te amo suficientemente; manda-me almas!" Mas era uma súplica, era como um gemido! Continuei, não sei por quanto tempo, a dirigir a Deus esse pedido. E aos poucos vi que uma jovem ou um adulto, ou... vinham me procurar para conhecer algo da minha vida, porque viram que eu estava tão diferente de como era antes! E assim se formou um grupinho ao meu redor.
Um dia Chiara me disse:
- Ginetta, quero conhecer aquele grupo de pessoas às quais você transmitiu a espiritualidade, o Ideal.
Fomos todas ao focolare, na praça Cappuccini. Chiara conversou com cada uma; depois, elas foram embora, e Chiara me disse:
- Ginetta, gostei de ter conversado com aquelas pessoas, fiquei contente! Se você tivesse me apresentado um grupinho de jovens, de adolescentes, teria dito que você não deu o Evangelho na sua pureza; se você tivesse me apresentado um grupo de velhinhas, teria dito a você a mesma coisa. Ouvindo-as, percebi que você deu a elas o Evangelho puro, não um Evangelho diluído, mas o Evangelho puro!
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