segunda-feira, 24 de setembro de 2012

40 ANOS DA MARIÁPOLIS GINETTA
Mensagens de vários países


        Marco Tecilla - 1º focolarino. Marco fez parte do primeiro grupo a atravessar o oceano Atlântico em direção  ao Brasil em 1958. Visitaram várias cidades e também outros países. No ano seguinte ele, Ginetta e outros 6 focolarinos e focolarinas vieram para iniciar os dois primeiros focolares do Brasil, na cidade de Recife. Na sua mensagem pelos 40 anos da Mariápolis ele nos conta:
       São Paulo 1965. Na grande capital já existem os dois focolares, masculino e feminino, e Ginetta, responsável pelo setor feminino do Movimento, refletiu sobre o que Chiara havia dito a respeito das Mariápolis permanentes. Será que o Brasil poderia prosseguir o seu caminho Ideal sem contar com uma Mariápolis permanente? Mas como fazer para encontrar o terreno e os recursos necessários?! Ginetta então lembrou-se de que o nome "Mariápolis" significava "Cidade de Maria". Nãos eria então o caso de dirigir-se a Ela? E assim Ginetta fez uma peregrinação ao Santuário de Nossa Senhora Aparecida para pedir a Sua intercessão na procura do terreno mais adequado para esse fim bem como os recursos financeiros para dar início às construções.
         Ginetta não era uma pessoa que se deixava impressionar pelas dificuldades, pelo contrário, maiores eram essas e mais ela sentia o apelo de Deus a acreditar e agir.
         Nossa Senhora escuta quem a Ela se dirige. Pouco tempo depois apareceu a oportunidade da compra de um terreno bastante próximo de São Paulo no qual havia apenas un casebre de pau-a-pique.  
         Começamos a fazer as famosas rifas para angariar os fundos; aos poucos foi possível realizar os trabalhos de reestruturação daquela pequena casa. A Providência nunca faltou, e isso para nós era o sinal de que Deus e a Virgem Maria abençoavam aquela iniciativa.
         Em 1969 também os focolarinos começaram a fazer os projetos para a construçlão do focolare e de uma marcenaria, para a qual a Providência já havia mandado, por via marítima, algumas máquinas.
         Em 1971, precisei voltar para a Itália para um tratamento de saúde; portanto não pude assistir à continuação dos trabalhos!
                 À distância de 40 anos, na tentativa de fazer um balanço do trabalho realizado por Deus em muitos corações que vivem na Mariápolis - que agora leva o nome daquela que a começou e levou a termo, "Mariápolis Ginetta" -, poderíamos dizer  sem medo de exagerar, que ali, o Ideal da unidade formou um "povo". E aquela que deu início à Mariápolis hoje é declarada Serva de Deus.
         Faço votos de que todos os que participam da vida da Mariápolis possam prosseguir com perseverança, mantendo sempre a fé no grande carisma que Deus nos doou a fim de que todos sejam uum
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        Meu nome é Cris, atualmente faço parte de um focolare na Nova Zelândia, e sinto forte a responsabilidade de ser fiel  até o fim ao Crucifixo vivo que Ginetta me confiou.
No dia 6 de janeiro de 2003 cheguei na Mariápolis Ginetta com o coração em festa por fazer parte da única família de Chiara e por ter feito a escolha de Jesus Abandonado. Mesmo se vivendo o Ideal  a gente procura colocar Deus em primeiro lugar na nossa vida, agora eu sentia que era a hora de dar tudo de maneira radical.
Para mim era impressionante ver como a vida que todos procuravam viver na Mariápolis irradia, transmite Jesus, e era a vida de Jesus entre nós que tocava as pessoas, que tocou o coração dos meus pais até ao ponto deles entenderem a minha vocação. 
O período que passei na Mariápolis Ginetta foi o período mais lindo da minha vida, foram descobertas atrás de descobertas; um período no qual descobri e experimentei, cada dia de modo mais forte, a graça que é viver com Jesus no meio,  e que para mantê-lo entre nós vale a pena todos os esforços do mundo.
Eu não conheci Ginetta pessoalmente mas, vivendo na Mariápolis, sentia que tudo falava dela, do seu radicalismo e fidelidade na vida do Ideal. Assim, se é verdade que nunca a encontrei fisicamente, ao mesmo tempo sinto-me formada pelo seu amor ao Crucifixo vivo que Chiara lhe entregou (...).
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      Meu nome é Roberta e estive na Mariápolis Ginetta de 1987 a 1989. Depois de Loppiano, fiquei 2 anos na Índia, atualmente encontro-me na Austrália com outras 3 brasileiras (Glória de Fortaleza, Lourdes e Cris da região sul do Brasil).
Os anos que passei na Mariápolis, orientados pelo amor de Ginetta me prepararam para ir a qualquer lugar do mundo, sem medo ou temor.
Desejo que muitos possam fazer a mesma experiência. Vale a pena!!!
 
 
 
 
 
 
 
 como uma pedra angular na minha vida.

segunda-feira, 17 de setembro de 2012

POR FALAR EM ECOLOGIA...
Aprendendo com Ginetta

"É com grande alegria que acompanho esse grupo que se compromete em manter a história viva, dando visibilidade a Ginetta, pessoa que marcou a nossa história. Cada dia, ao escovar os dentes, lembro-me de não deixar a torneira aberta inutilmente; é como se Ginetta estivesse ali ao meu lado recordando-me que existem muitas pessoas em cujas casas a água não chega. Sou coordenadora da Educação Infantil, na Escola Santa Maria, são 6 turmas e para relembrar Ginetta, no dia Internacional da Mulher, contei para uma das professoras essa lição de vida que Ginetta me ensinou: fechar a torneira enquanto escovamos os dentes ou nos ensaboamos durante o banho; enfim, economizar a água por amor dos nossos irmãos que também precisam desse bem comum. Em seguida essa professora levou a sua turna da alfabetização até o banheiro para dar essa aula. Algumas das funcionárias cujos filhos fazem parte daquela turma disseram que as crianças levaram para casa a explicação sobre a economia da água. Uma delas contou que a filha vendo o pai lavar a louça com a torneira aberta o tempo todo chamou a sua atenção dizendo: "Pai, quando a gente ensaboa os pratos, fecha a torneira". (M.R. - Recife)

quinta-feira, 13 de setembro de 2012


BOLETIM N. 5 - MARÇO DE 2012
Editorial

2012 é um ano especial. O Papa Bento XVI anunciou por meio da Carta Apostólica Porta Fidei (A Porta da Fé) a proclamação do “Ano da Fé” que terá início concomitantemente à comemoração do 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, em outubro deste ano.

Além disso a Igreja se prepara para refletir sobre a Nova Evangelização, tema do próximo Sínodo dos Bispos e que representa uma urgência histórica, se levarmos em consideração que as nossas sociedades sofrem um processo de contínuo empobrecimento de valores humanos e sociais.

“Esse é um momento de graça especial para a Igreja”, como comentou Maria Emmaus Voce, presidente do Movimento dos Focolares, em um artigo publicado pelo L’Osservatore Romano.

Por outro lado, a conjuntura do mundo atual é comparada a uma “Noite escura coletiva”: “Trata-se de uma crise da fé, na raiz da crise que o mundo está atravessando”, repetiu mais de uma vez o Papa Bento XVI.

Mas sob a luz da fé, nesse contexto de crise, a vida de Ginetta se apresenta, justamente hoje, como um testemunho de grande atualidade. De fato, muitos afirmam que é a fé a maior característica do seu testemunho de vida, verdadeira encarnação da frase do Evangelho que Chiara Lubich lhe dera como lema para a sua vida: “Quem crê em mim, ainda que esteja morto viverá” (Jo 11,25).

Ginetta pode servir de modelo e de impulso para nós neste ano em que – como evidencia Maria Voce em consonância com a Carta do Papa – todos somos chamados a redescobrir, viver e comunicar a fé.

Bento XVI afirma também que não é possível enfrentar esse desafio sozinhos, mas somente com a ajuda de Deus e junto com os irmãos.

 A preocupação em formar “homens novos”, isto é, pessoas imbuídas da cultura do Evangelho, acompanhou Ginetta em toda a sua vida; ela tinha certeza de que sem homens novos não teremos estruturas novas. Homens novos que, juntos, testemunhem o amor recíproco diante dos desafios de um mundo fortemente marcado pelo individualismo .

É preciso intensificar a vida de comunhão e fraternidade nos nossos ambientes, nos espaços políticos, nas fábricas, nos bairros, nas universidades, nas famílias... porque é na comunhão que Jesus Ressuscitado se faz presente espiritualmente, toca os corações e os transforma.

É justamente essa compreensão do Evangelho que iluminou Ginetta e os primeiros focolarinos desde o momento de sua chegada ao Brasil, em 1959. Surpreendidos pelo impacto das desigualdades sociais, tornaram-se, aos poucos, protagonistas de centenas de obras sociais mas, sobretudo, foram testemunhas das transformações realizadas pelo Evangelho na vida de muitas pessoas que, numa reação em cadeia, suscitaram núcleos de fraternidade espalhados por todo o Brasil.

 2012 assinala, além dos cinco anos da abertura do Processo de Beatificação de Ginetta, também o 40º aniversário da inauguração da Mariápolis Araceli (hoje Mariápolis Ginetta), esboço de sociedade, fruto do Evangelho vivido por muitas pessoas. Elas foram impulsionadas pela firme fé de Ginetta nas promessas do Evangelho, e pelo entusiasmo que ela irradiava em viver para construir o Reino de Deus, a fraternidade entre todos.