Trecho extraído do livro “Ginetta. Uma vida pelo Ideal da Unidade”.
Antes, eu nunca me tinha preocupado com o mar. Quando Chiara me disse que eu levaria a espiritualidade a outro continente e que viria para o Brasil, me dei conta de que, para chegar até o Brasil teria de tomar o navio ou o avião. Tinha um medo terrível de água por causa de uma experiência que fiz quando era menina: fomos passear nas montanhas, e ali havia um lago. Os meninos entraram num barco, e eu entrei com eles. Mas esses meninos eram tão inconseqüentes que, a um dado momento, se jogavam todos de um lado. Eu tinha a impressão de que ia entrar água no barco. Morria de medo, o tempo todo. Quando saí daquele barco percebi que ainda estava viva, disse a mim mesma: Nunca mais entrarei num barco.
E atravessei o mar para chegar até o Brasil! Deus aproveita de tudo para se apresentar, e Ele se apresenta também como dificuldade. Para mim, a água era uma dificuldade; eu tinha um medo terrível da água.
Na Itália, sempre viajávamos por terra. E, com Chiara, queríamos sempre deixar a marca de Jesus e de Maria em todos os lugares, queríamos cobrir a Itália de ave-marias. E entrei num acordo com Nossa Senhora para deixara marca dela no mar, queria deixar a marca de Jesus e de Maria na água, porque acho que ninguém se lembra, ninguém faz isso.
(...)
Partimos do porto de Gênova. Assim que entramos no navio, começou a tempestade, e essa nos acompanhou por doze dias, até o Recife. Os tripulantes diziam que era a primeira vez que eles viajavam com um mar tão agitado! Fiore e Marisa sempre ficavam deitadas; estavam passando mal, sofriam de enjôo. Violetta e eu, felizmente, não sofríamos disso e pudemos nos colocar a serviço delas. Naturalmente, foi como nos encontrar diante do Crucifixo vivo. Ele veio nos visitar e nos acompanhou até o fim da viagem. (...) Mas posso dizer que não nos faltava nada, porque Ele estava ao nosso lado. (...)
Tínhamos também conosco Jesus Eucaristia, em uma capelinha. Portanto, saber que tínhamos até Jesus Eucaristia, que viajava conosco, era uma coisa que é preciso experimentar para entender a que ponto chega o amor de um Deus!
Um comentário:
Obrigada Ginetta por nos acompanhar em minha vida!
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