BOLETIM N. 5 - MARÇO DE 2012
Editorial
2012 é um ano especial. O Papa Bento XVI anunciou por
meio da Carta Apostólica Porta Fidei
(A Porta da Fé) a proclamação do “Ano da Fé” que terá início concomitantemente à
comemoração do 50º aniversário da abertura do Concílio Vaticano II, em outubro
deste ano.
Além disso a Igreja se prepara para refletir sobre a Nova Evangelização, tema do próximo
Sínodo dos Bispos e que representa uma urgência histórica, se levarmos em
consideração que as nossas sociedades sofrem um processo de contínuo
empobrecimento de valores humanos e sociais.
“Esse é um momento de graça especial para a Igreja”,
como comentou Maria Emmaus Voce, presidente do Movimento dos Focolares, em um
artigo publicado pelo L’Osservatore Romano.
Por outro lado, a conjuntura do mundo atual é
comparada a uma “Noite escura coletiva”: “Trata-se de uma crise da fé, na raiz
da crise que o mundo está atravessando”, repetiu mais de uma vez o Papa Bento
XVI.
Mas sob a luz da fé, nesse contexto de crise, a vida
de Ginetta se apresenta, justamente hoje, como um testemunho de grande
atualidade. De fato, muitos afirmam que é a fé a maior característica do seu
testemunho de vida, verdadeira encarnação da frase do Evangelho que Chiara
Lubich lhe dera como lema para a sua vida: “Quem crê em mim, ainda que esteja
morto viverá” (Jo 11,25).
Ginetta pode servir de modelo e de impulso para nós
neste ano em que – como evidencia Maria Voce em consonância com a Carta do Papa
– todos somos chamados a redescobrir, viver e comunicar a fé.
Bento XVI afirma também que não é possível enfrentar
esse desafio sozinhos, mas somente com a ajuda de Deus e junto com os irmãos.
É preciso intensificar a vida de comunhão e
fraternidade nos nossos ambientes, nos espaços políticos, nas fábricas, nos
bairros, nas universidades, nas famílias... porque é na comunhão que Jesus
Ressuscitado se faz presente espiritualmente, toca os corações e os transforma.
É justamente essa compreensão do Evangelho que
iluminou Ginetta e os primeiros focolarinos desde o momento de sua chegada ao
Brasil, em 1959. Surpreendidos pelo impacto das desigualdades sociais, tornaram-se,
aos poucos, protagonistas de centenas de obras sociais mas, sobretudo, foram
testemunhas das transformações realizadas pelo Evangelho na vida de muitas
pessoas que, numa reação em cadeia, suscitaram núcleos de fraternidade
espalhados por todo o Brasil.
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