quinta-feira, 10 de março de 2011

HOMENAGEM A GINETTA CALLIARI em 7.3.2011

Dia 7 de março, segunda-feira passada, comemoramos os 10 anos da chegada de Ginetta à casa do Pai. A Mariápolis Ginetta estava em festa! A missa das 18:30, na igreja de Jesus Eucaristia, foi celebrada pelo arcebispo de Sorocaba, D. Eduardo Benes, com uma  homilia profunda, na qual evidenciava a figura de Ginetta como cristã coerente.  Estavam presentes o nosso prefeito de Vargem Grande Paulista, Roberto Rocha e esposa, o vice-prefeito Prof. Carlos e esposa, bem como uma delegação da Rissho-Kossei-Kai de São Paulo, que transmitiu uma rica mensagem do Reverendo Nagashima durante a programção das 20:30, no auditório do Centro Mariápolis, que ficou repleto. Intercalaram-se testemunhos, números artísticos, relatos, para relembrar a figura de Ginetta, tão significativa para a história do Movimento dos Focolares no Brasil. As cerca de 300 pessoas presentes saíram dali com novo ardor na vivência do cristianismo e do Ideal da Unidade, a exemplo de Ginetta.  

Chiara sobre Ginetta
Reportamos uma mensagem que Chiara Lubich enviou a todos os membros do Movimento dos Focolares espalhados em todas os cantos do planeta, cerca de um mês após a morte de Ginetta, ocorrida em 8 de março de 2001. É um pensamento sobre ela, que transcrevemos para recordar o 10º ano da sua partida desta terra e para nos estimularmos a seguir o seu exemplo.



Rocca di Papa, 19 de abril de 2001

A unidade mais genuína
Caríssimos,

Parece realmente que Jesus não faz economia em oferecer modelos para nossa vida cristã, a todos nós e, principalmente, aos jovens. Ele os apresenta justamente nesta época tão escassa de modelos; quando muito, eles são procurados por caminhos errôneos.
Nestes últimos dias, estamos conhecendo muitos detalhes da vida de Ginetta. Alguns podem ser considerados extraordinários. No entanto, será necessário um livro inteiro para conhecê-la, ainda assim, apenas parcialmente.
Será possível identificar nesta sua riquíssima vida espiritual uma qualidade ou virtude que mais a caracterizou?
Sim: a unidade – eu creio –, a unidade mais genuína, correta, autêntica, perfeita, forte, sólida, vivida e realizada com o amor exclusivo e perseverante a Jesus Abandonado. Aquela unidade que a nossa espiritualidade comunitária nos ensina a viver, seguindo o modelo da Santíssima Trindade; aquela unidade com a qual, na medida das nossas possibilidades humanas, procuramos repetir o relacionamento entre o Pai celeste e o seu Filho, no Espírito Santo.
Desde o início da sua nova vida, a partir do seu encontro com o Ideal da unidade, Ginetta compreendeu que Deus nos doou um carisma e o ofereceu a todos por meio de um instrumento seu. Dessa convicção provinha a sua unidade total e incondicional com aquela que, de certo modo, representava a fonte desse carisma.
Ela não se apoiava em si mesma, não se voltou para si mesma, nem sequer para o que possuía de mais precioso, ou seja, a luz deste dom do qual ela também participava. Ginetta viveu como Jesus que, mesmo podendo chamar a atenção para si (Ele também era Deus, como o Pai), não o fez. Jesus “apagou-se” a si mesmo, digamos assim, orientando a todos para o Pai.
Ginetta anulou-se completamente a si mesma e, assim como Jesus Abandonado, que, reduzindo-se a nada, foi Mediador entre nós e o Pai, também ela tornou-se uma autêntica mediadora do carisma da unidade para muitos.
Ela abriu espaço ao carisma da unidade genuíno. Não lhe quis dar uma interpretação pessoal. Acolheu-o assim como ele jorrava da fonte. E colocou-se a seu serviço, vivendo-o e levando os outros a viverem-no. Daí deriva a autenticidade da sua vida, o segredo, o milagre, a capacidade de concretização e o fato de realizar obras completas. Por isso é reconhecida por unanimidade como co-fundadora daquela porção da Obra que é uma parte do mundo: o Brasil. 
Que agora, do Céu, ela nos ajude a viver assim!
Ginetta viveu unicamente para a glória de Deus. Ela foi puro serviço, serva, como Maria. Não temos nada de melhor a indicar para sabermos como agir neste próximo mês: viver o nosso Ideal, assim como o Espírito Santo nos doa por meio do instrumento escolhido por Ele. Porque assim foi Ginetta.
                                                                                Chiara

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