sexta-feira, 13 de março de 2020
quinta-feira, 16 de janeiro de 2020
terça-feira, 20 de agosto de 2019
Ginetta Calliari no ComVocação 2019
Diocese de Osasco
O ComVocação é o maior evento anual da Diocese de
Osasco e da Igreja Católica no Brasil em prol das vocações. Na tenda dos stands
muitas comunidades religiosas apresentam o próprio chamado de amor para servir
ao Senhor e à Igreja. E um espaço lindo,
alegre, onde a fraternidade e apreciação reciproca pelos vários dons do
Espirito Santo que embelezam a Igreja é palpável entre os expositores e os
jovens que passam buscando conhecimento.
O Movimento dos Focolares, já ha vários anos, está
presente apresentando Ginetta Calliari a primeira Serva de Deus desta Diocese e
a sua vocação Focolarina. Nos dois dias da feira vocacional contamos com a
presença dos nossos jovens vocacionados que além de apresentar Ginetta e o seu
percurso de santidade partilharam a própria experiência de seguir o chamado de
Deus em um Movimento Eclesial.
No domingo, após a Missa na Concha acústica, o Bispo
Don João Bosco visitou e abençoou cada
stand. Ao parar no stand de Ginetta recomendou orações para que ela seja canonizada
em breve. Foram momentos de alegria partilhada. Especial também o encontro com
Don Ercílio Turco o Bispo emérito que abriu a causa de Beatificação de
Ginetta.
terça-feira, 21 de maio de 2019
Ginetta visitou a cidade de Sta Maria no Rio Grande do
Sul várias vezes. Durante a sua visita em 1982
encontrando a construção da catedral Sta Maria Medianeira ainda não terminada experimenta um sentimento de dor e reflete sobre como melhor glorificar Maria,
uma experiência que ela comunica
aos habitantes de Sta Maria através de uma mensagem deixada à radio da cidade.
Aqui publicamos alguns trechos:
«Sempre me
impressionou ver o Santuário
continuamente no mesmo ponto, parece que não vai para frente. Chegando aqui vejo que existem tantas construções novas, a única que
parece estar parada é a casa de Maria. E isto para mim tem sido motivo de
sofrimento. Eu me perguntava o porquê, sabendo que
o Brasil tem Maria como padroeira.
...
Entendi que a catedral que devemos
construir no século XX a Maria é uma outra.
Até ontem,
podia ser uma imagem , uma estátua, mas hoje
isto já não é sufuciente. São necessárias “estátuas vivas”, que somos nós que
construimos a Obra de Maria.
É Maria que poderá fazer esta catedral nova, viva, mariana, digna Esposa de
Cristo. E isto acontecerá quando Maria viver em nós, quando
formos a Palavra viva, o Evangelho vivo, a Escritura viva.
Isto acontecerá quando soubermos levar Maria para casa como fez S. João. Também hoje Jesus nos vê órfãos e repete à
humanidade estas palavras: “Filho eis a tua Mãe”. Ela pessoalmente nos fará outras Maria aos pés da Cruz, com o olhar fixo na Cruz.
A nossa vocação é ser Maria. Devemos dizer, com a nossa vida,
uma só
palavra ao mundo: Maria! Vivendo o
Evangelho, pois ela, em sua vida fez uma só coisa: aderiu à Vontade de Deus, à Palavra.»
Centro Ginetta, 21/05/2019
sábado, 12 de setembro de 2015
Hoje, como no início do Movimento
no nosso País, a violência é uma das chagas mais dolorosas. O remédio
mais radical é sempre o Evangelho. Escreve Ginetta: “Em Recife a comunidade foi
crescendo ao redor dos focolares. O AMOR AO INIMIGO, QUE Jesus pede no Evangelho,
desfazia antigas rixas e inimizades...”
Marilda e seus seis irmãozinhos viviam felizes na fazenda. Tinha dez anos quando seu pai foi assassinado, vitima de uma vingança prometida há muito tempo. Este drama deu lugar a privações, ao desespero, à saudade. Marilda nunca conseguiu perdoar. Quando conheceu a vida nova do evangelho no Movimento, começou nela uma forte luta interior. Jesus diz: "Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam”. Deveria amar também quem matou meu pai?! Interrogava-se insistentemente....
A partir daquele instante aceitaram-se como verdadeiras irmãs. Este
testemunho arrastou suas famílias ao perdão, trazendo a harmonia e a paz por
tanto tempo desconhecida. Quebrou-se definitivamente o círculo vicioso da
vingança.
terça-feira, 1 de setembro de 2015
Diante da extrema pobreza que Ginetta encontrou chegando em Recife, ela
entendeu que somente Deus seria capaz de resolver os problemas sociais.
Mas qual Deus? Ela escreve: “Não um Deus relegado aos Céus, mas aquele Deus que
podemos manter entre nós vivendo as palavras de Jesus: “Onde dois ou três
estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (cf. Mt 18,20).
Então o nosso compromisso era estar dispostas a tudo, até mesmo a dar a vida
umas pelas outras.
Amávamos, e procurávamos servir, sem discriminação, as pessoas que
encontrávamos no dia a dia. E quase sempre elas se sentiam atraídas por essa
vida nova, por Jesus que, silenciosamente, havia-se introduzido no nosso grupo.
Irmão invisível que proporciona plenitude de vida e uma luz inconfundível!
No primeiro focolare dormíamos em pobres colchões que, como a mesa, eram
emprestados. Somente uma cadeira e um armário eram nossos... As pessoas
que ali chegavam nos diziam...
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
Vamos começar a publicação da história de Ginetta no Brasil.
De Trento ao Brasil, com o crucifixo “vivo” no coração
“Sine sanguinis effusione non fit remissio”, uma frase da Escritura que Ginetta (Luigia
Calliari) costumava repetir: “Sem derramamento de sangue e sofrimento não existe redenção,
não se produzem frutos”.
E na vida de Ginetta Calliari, desde que conheceu Chiara Lubich, em 1944, nunca faltaram dificuldades. Mas são
simplesmente incontáveis também os frutos que ela soube produzir, até o dia de
sua morte, 8 de março de 2001.
A adesão de Ginetta ao ideal de unidade, de Chiara Lubich, foi imediata e radical.
Um sim incondicional a Deus, que em 1959 trouxe-a ao Brasil, acompanhada por um pequeno grupo de focolarinos: Marco Tecilla, Ada Ungaro (Fiore), Marisa Cerini, Violetta Sartori, Rino Chiapperin, Gianni Busellato. Aqui, naquela época, havia apenas alguns jovens atraídos pelo ideal da unidade.
A adesão de Ginetta ao ideal de unidade, de Chiara Lubich, foi imediata e radical.
Um sim incondicional a Deus, que em 1959 trouxe-a ao Brasil, acompanhada por um pequeno grupo de focolarinos: Marco Tecilla, Ada Ungaro (Fiore), Marisa Cerini, Violetta Sartori, Rino Chiapperin, Gianni Busellato. Aqui, naquela época, havia apenas alguns jovens atraídos pelo ideal da unidade.
Começa assim uma nova aventura vivida com “amor
autentico, forte, inflexível por Jesus Crucificado Abandonato que gerava comunhão e unidade.
Como sulinhou Dom Ercílio turco, hoje bispo emérito de Osasco (São Paulo) no
momento da conclusão da fase diocesana do processo de beatificação. Sim porque
– como declarou ainda ele, que deu início à causa de beatificação, “ela serve
de exemplo para toda a sociedade”, porque mostra que um caminho de santidade
suscita transformações, cria novas perspectivas, promove a fé, a paz e a
unidade”. E acrescentou: “Precisamos
dessa unidade, quando, por toda parte, existem tantas divisões”. É a realidade
desse nossos dias em todo o mundo.
Vamos assim percorrer algumas etapas de sua vida no
Brasil assim como ela mesma nos contou.
1)
“Certo dia, Chiara me chamou e disse:
“Ginetta, chegou a hora de deixar a Europa e levar esta espiritualidade a um
outro continente. Não lhe dou um crucifixo de ferro, mas um crucifixo vivo”.
Antes eu encontrava tantas imagens de cruzes, mas quando se consegue
descobri-lo nas pessoas, ali se entende o crucifixo. Portanto é uma coisa
extraordinária, é uma coisa novíssima!” .
terça-feira, 18 de junho de 2013
Veja a entrevista feita pela Canção Nova Notícias:
Processo de beatificação de Ginetta Calliari - 08/03/13
http://www.youtube.com/watch?v=0e2R8y7hghw |
segunda-feira, 3 de junho de 2013
MAIS DE VINTE ANOS ATRÁS SURGIA A ECONOMIA DE COMUNHÃO
O impossível que se tornou possível graças ao "sim" de muitos
29 maggio 1991- Uma data histórica:
naquele dia Chiara Lubich, da Mariápolis, expressão do Movimento dos Focolares,
situada nas proximidades de São Paulo, e que na época trazia o nome de “Araceli”
(agora “Ginetta”), lança a ideia de um projeto inovador: a Economia de Comunhão
(EdC). Um projeto que, desde a sua gênesis, tinha como objetivo contribuir para
sanar as graves consequências sociais geradas pela crise econômica,
consequências que ela havia percebido ainda mais profundamente chegando ao
Brasil.
Naquela ocasião Chiara dirigia-se
a um público do Movimento dos Focolares, incentivando de modo especial os atuais
empresários ali presentes e pessoas que futuramente pudessem se tornar
empresários. Com a sua difusão em nível mundial o projeto suscitou o interesse
de economistas e pesquisadores de várias disciplinas, que começaram a entrever nessa
ideia uma possível resposta à atual crise mundial econômica e até mesmo cultural.
Ginetta acompanhou com paixão as
primeiras realizações. Isso custou a ela e a tantas pessoas – como costumava
expressar-se - “sangue da alma’.
Reportamos em seguida alguns trechos
extraídos de diálogos dela com empresários brasileiros, em 1994 e 1996. Relendo-os
sentimo-nos impulsionados a manter sempre vivo aquele ardor dos primórdios da
EdC. Na época em que Ginetta está
falando, havia somente o Pólo empresarial Spartaco; hoje, no Brasil, contamos
com mais dois Pólos da EdC: o Pólo Ginetta em Igarassu, nas proximidades de
Recife e o Pólo François Neveux em Benevides, nas proximidades de Belém, frutos
também esses da determinação e generosidade de muitos, o que testemunha a atualidade
das palavras de Ginetta.
“Quando Chiara nos comunicou essas
suas ideias fascinantes, os nossos corações exultaram. Para nós era como o canto
do Magnificat, que Maria proclamava para desencadear uma revolução de amor.
Entrada do Pólo Ginetta (Igarassu - Recife) |
A adesão dos membros do Movimento
foi imediata, entusiástica, comovente; dos ricos aos pobres, dos pequenos aos
grandes... Cada um sentiu-se tocado e lançou-se numa contribuição pessoal das
mais variadas formas. Vimos acontecer, de um modo surpreendente uma comunhão de bens como a dos primeiros
cristãos: dinheiro, jóias, terrenos, casas, disponibilidade de tempo e de
trabalho, disponibilidade de transferências, oferta a Deus de sofrimentos e da
própria vida.
O povo brasileiro, como o definiu
Chiara, “magnífico, generoso, simples, pobre, mas que doa tudo, inteligente, criativo e solícito”, soube
responder ao apelo.
Com o desejo ardente de concretizar imediatamente esta inspiração,
iniciamos a procura de um terreno que tivesse todos os requisitos de uma região
industrial, para garantir, no futuro, um Pólo no qual as empresas, por estarem instaladas
no mesmo local, pudessem testemunhar esta nova economia.
Depois da experiência destes anos, podemos afirmar que a geografia de
Deus não é a mesma dos homens, porque Deus, escolhendo o Brasil, conhecia a trágica
situação econômica do País. Abrir empresas num contexto social como o nosso, no
qual milhares de fábricas estão fechando por causa da crise econômica,
humanamente é absurdo, é contra a lógica humana... Pois Cristo quer que vivamos
de fé: "Tudo é possível àquele que crê" (Mc 9, 23).
Vista aérea Pólo Spartaco |
Mas é preciso que a EdC vá para frente, para que realmente não haja
nenhum necessitado. Portanto, hoje mais do que nunca, o futuro da EdC depende
de cada um de vocês, empresários da comunhão na liberdade.
“O que fazer? Desanimar diante de um desafio tão grande? Com certeza não. A Palavra do evangelho, que estamos procurando viver nesse mês nos diz: “Não temas, crê somente”. É isso que eu peço a mim mesma e a todos vocês: não temamos, continuemos a acreditar. Assim como Deus deu coragem àqueles que se empenharam até agora, continuará a dá-la.
“O que fazer? Desanimar diante de um desafio tão grande? Com certeza não. A Palavra do evangelho, que estamos procurando viver nesse mês nos diz: “Não temas, crê somente”. É isso que eu peço a mim mesma e a todos vocês: não temamos, continuemos a acreditar. Assim como Deus deu coragem àqueles que se empenharam até agora, continuará a dá-la.
Embora não nos sintamos capacitados, a fé em Deus fará com que ele
manifeste a sua potência levando a Economia de comunhão a um desenvolvimento
inimaginável”.
(Para saber mais: www.edc-online.org/br)
quinta-feira, 16 de maio de 2013
Gen Rosso inicia tournée no Brasil com Ginetta
“Ajuda-nos a abraçar a cruz em
todas as dificuldades; durante toda a viagem ajuda-nos a encontrar a
providência para as diversas necessidades... tu, que agora estás perto de Deus
e podes nos ajudar ainda mais do que quando estavas conosco...”.
Foi esta a oração de Frei Hans diante do túmulo de Ginetta, junto com
Nelson, que com ele iniciou a Fazenda da Esperança, junto com todos os
componentes do conjunto internacional Gen Rosso, com os cidadãos da Mariápolis
Ginetta e outras numerosas pessoas dos arredores que haviam participado da
missa cantada pelo grupo artístico na Igreja de Jesus Eucaristia.
Na homilia Frei Hans havia apresentado a próxima tournée, intitulada
“Fortes sem violência”, que se estenderá em várias cidades do Brasil onde estão
presentes as Fazendas da Esperança: começando em Aparecida (de 16 a 18 de maio),
para depois continuar em São Paulo (25 e 26 de maio), Belo Horizonte (6 a 8 de
junho), São Luiz (18 e 19 de junho), Aracaju (5 e 6 de julho), Fortaleza (18 e
19 de julho) e concluindo, no dia 27 de julho, no Rio de Janeiro, no grande
encontro da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O objetivo: através da
apresentação do Gen Rosso que envolverá e terá como protagonistas sobre o palco
os jovens da Fazenda, “levar à descoberta
de Deus que é amor, o único capaz de preencher o vazio que existe no coração de
muitos” nesta sociedade “adoecida pelo individualismo e pela solidão”,
testemunhar que é Ele “a prevenção” mais eficaz “para o inferno que a droga causa nos jovens e em tantas famílias”.
“Queremos que possam encontrá-lo através
da nossa vida – acrescentou Frei Hans – através
do amor recíproco que permite que Ele viva entre nós; e possam experimentar
aquela “força que é algo bem diferente da violência”.
E foi justamente este o motivo da decisão de vir à Mariápolis Ginetta
antes de iniciar: “Queremos, com Ginetta,
fazer um pacto de unidade entre nós, para que o amor recíproco esteja sempre
vivo e termos a garantia de que aonde formos Jesus estará entre nós. E onde Ele
está, acontecem milagres”.
Para saber mais:
www.genrosso.org.comsábado, 30 de março de 2013
segunda-feira, 18 de março de 2013
Mensagem de Lavis, terra natal de Ginetta
Lavis,
7 de março de 2013
Recebi o anúncio do
encerramento da Causa e domingo comuniquei aos fiéis da paróquia esta boa
notícia, que marca um importante passo avante rumo ao reconhecimento da
santidade de vida de Ginetta Calliari, que nasceu, foi batizada e cresceu nesta
nossa paróquia.
Informei também a Administração
Pública e o Sr. Prefeito me encarregou de transmitir também o seu contentamento.
A nossa paróquia e a
comunidade de Lavis estão felizes por ser a terra natal de Ginetta, que deu,
principalmente no Brasil, o seu maravilhoso testemunho de vida cristã, uma
árvore frondosa que brotou aqui, mesmo se foi posteriormente transplantada em
outras terras.
Estamos felizes pela
positiva conclusão da fase diocesana do processo de canonização e esperamos com
confiança e esperança o dia em que poderemos chamar “beata” a nossa Ginetta.
Portanto queremos, por meio
desta, garantir a nossa participação espiritual à celebração de amanhã, enviar
a dom Ercílio Turco a nossa saudação e o nosso agradecimento, além de partilhar
com vocês a alegria por este momento!
Pe. Vittorio Zanotelli
Pároco
segunda-feira, 11 de março de 2013
“Que a santidade
de Ginetta Calliari seja reconhecida,
o quanto antes,
para o bem da Igreja”
Esta foi a oração do cardeal D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo na
mensagem lida ontem, 8 de março, na solene cerimônia de conclusão da fase
diocesana do Processo de beatificação que, do Brasil, agora segue para o
Vaticano.
“Através do testemunho de Ginetta anunciamos ao mundo que Jesus é o caminho,
não somente para a nossa salvação pessoal, mas também para a construção de uma
sociedade fraterna onde podemos viver a comunhão, a unidade, a justiça, a
verdade e a santidade”.
Assim D. Ercílio Turco, bispo de Osasco (SP), na Catedral Santo Antonio,
encerrou a solenidade de conclusão da fase diocesana do processo de
beatificação de Ginetta Calliari, uma das primeiras companheiras de Chiara
Lubich, chamada por ela mesma “cofundadora” do Movimento dos Focolares no
Brasil, onde viveu por mais de 40 anos. Afirmou ainda: “Esta cerimônia,
inserida na celebração do ano da Fé, é um precioso ponto de referência e uma
graça para toda a Igreja” e convidou todos a pedir a Deus que “se for a Sua
vontade, a sua vida seja apresentada como modelo de santidade para a Igreja”.
O bispo recordou “o seu amor autentico, forte, inflexível, exclusivo por
Jesus Crucificado e Abandonado, que gerava comunhão e unidade”. “A essência do
Evangelho é o amor”, acrescentou. “E
Ginetta viveu o amor a Jesus e aos irmãos, que levou-a a abraçar com entusiasmo
o projeto de Chiara que hoje já é uma realidade: a Economia de Comunhão; amor
traduzido em gestos concretos que promovem a vida e é sinal de uma sociedade
nova, permeada pela fraternidade, pela partilha.” Na sua vida – afirmou o bispo – contemplamos
a realização das palavras da Gaudium et Spes: “A missão da Igreja, por sua natureza,
se mostra religiosa e por isso mesmo profundamente humana”.
Na catedral de Osasco se respirava um clima de grande alegria e emoção.
A sua imagem luminosa na foto ao lado do altar tornava visível, mais do
que nunca, a atração que sua vida continua a exercer ainda hoje. Vê-la, através
de uma grande tela, em um vídeo, onde em poucos minutos comunicou a força do
seu encontro com Chiara Lubich, com o carisma da unidade, com Deus que
transformou a sua vida, foi impressionante.
A sua fidelidade ao carisma genuíno foi reconhecida por Chiara no dia da
sua partida desta terra, como recordou a presidente dos Focolares, Maria Voce,
na sua mensagem enviada para a ocasião: “Nisto está a autenticidade de sua vida, o segredo, a amplitude e a concretude de suas
obras”.
Forte e comovente o testemunho de Norma Curti, que viveu com Ginetta por
mais de 30 anos: “Não existia obstáculo,
imprevisto ou contrariedade que a freava” - disse. “A sua força era a fé nas
palavras do Evangelho. ‘E a fé – Ginetta dizia - è a nossa participação à
onipotência de Deus’ ”.
Seguiu-se a cerimônia presidida pelo Bispo, com todos os membros que
compunham o Tribunal da Causa, o postulador, Carlo Fusco e a vice-postuladora,
Sandra Ribeiro. Aos pés do altar as 14 caixas que foram fechadas e sigiladas.
“Estas caixas contém, recordou Sandra Ribeiro, além dos 130 testemunhos de
cardeais, bispos, mães e pais de família, políticos, empresários,
trabalhadores, movidos pelo fascínio de Deus, que Ginetta comunicava, um total
de quase 5.000 paginas, e também paginas de diário que por 40 anos escreveu
fielmente, anotações de seus numerosíssimos discursos e cartas.
Estiveram presentes na cerimônia o ex-ministro do trabalho, Walter
Barelli, representantes do Circulo Trentino em São Paulo, uma delegação da
associação budista Risho Kossei Kai no Brasil, com o Reverendo Kazuyoshi
Nakahara; Dr. Carlos Barbouth e a sua esposa Elsa, judeus, membros do Conselho
Geral da Fraternidade Cristã Judaica de São Paulo, como demonstração de que o
testemunho de Ginetta vai além dos confins da Igreja.
“Sentimo-nos unidos no seu mesmo caminho” – foram as palavras do Dr.
Barbout. “Eu sempre acreditei que todos podemos ser exemplos uns para outros, e
testemunho dos valores mais genuínos daquilo que mais precioso podemos
realizar: trabalhar por um mundo melhor. Ginetta certamente cumpriu esta
missão”.
sábado, 9 de março de 2013
Mensagem de Emmaus (Maria Voce), presidente do Movimento dos Focolares
Rocca di Papa, 8 de
março de 2013
Prezados
amigos
Uno-me a todos os participantes
desse momento especial no qual se conclui a fase diocesana da Causa de
Beatificação de Ginetta Calliari. Agradeço de modo especial a Dom Ercílio
Turco, bispo diocesano de Osasco, que sempre nos incentivou e apoiou. Agradeço
também as autoridades civis e religiosas presentes.
O exemplo de Ginetta – uma das
primeiras companheiras de Chiara Lubich – com o seu amor tenaz, a sua fé cristalina,
a sua vida totalmente imbuída de Evangelho, certamente será uma luz para muitas
pessoas e, por isso, estamos felizes por entregar à Igreja o seu maravilhoso
testemunho.
Quando ela faleceu, Chiara
escreveu uma mensagem referindo como Ginetta havia compreendido genuinamente o
Carisma da Unidade, a ponto de vivê-lo com radicalismo e ajudar outras pessoas
a vivê-lo. “Nesse fato – afirmava Chiara – está a autenticidade da sua vida, o
segredo, a concretude e a integridade das suas obras”.
Nós, do Movimento dos
Focolares, que a conhecemos pessoalmente, e também o povo brasileiro, que a
amou e foi por ela tão amado, agora dirigimos a Deus o nosso agradecimento por
nos tê-la doado como um modelo, alguém que respondeu generosamente ao chamado
universal à santidade.
Sintam-me com vocês,
Maria Voce Emmaus
sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013
GINETTA CALLIARI: fé e coragem
Uma italiana com coração brasileiro
Cofundadora do Movimento dos Focolares no Brasil.
No próximo dia 8 de março de 2013, Dia Internacional
da Mulher,
abre-se uma nova fase no processo de beatificação: do
Brasil ao Vaticano.
A Missa seguida da uma cerimonia, será presidida pelo
bispo, dom Ercílio Turco
na Catedral de Osasco.
Ginetta Calliari: uma mulher contemporânea, de grande
atualidade. “É um exemplo para toda a sociedade. Testemunha que seguir um
caminho de santidade gera transformações, cria novas perspectivas, promove a
fé, a paz e a unidade, que tanto precisamos neste mundo”. Foi o que afirmou dom Ercílio Turco, bispo de
Osasco, que iniciou a sua causa de beatificação. Significativo o fato que
justamente o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, seja o dia do seu
falecimento (2001), do início da Causa (2007) e agora da conclusão da fase diocesana,
para prosseguir depois no Vaticano.
Ginetta, co-fundadora do Movimento dos Focolares no
Brasil, passou 40 anos da sua vida nesta terra, que se tornou
a sua terra, contribuindo admiravelmente para o progresso espiritual e social
do nosso país. Tanto que a sua memória foi celebrada na Câmara dos Deputados em
Brasília, nas Assembleias Legislativas de 10 estados e nas Prefeituras de 10
cidades; a Câmara Municipal de São Paulo concedeu-lhe o título de cidadã
honorária. Foi reconhecida como modelo de vida também por líderes e seguidores
do judaísmo, islamismo e budismo, com os quais havia estabelecido um diálogo
fraterno.
Desde jovem sentia uma forte sede de justiça. A notícia que na sua cidade tem algumas jovens colocam em comum roupas, sapatos, casacos,
para distribuí-los aos mais pobres, mesmo nas condições de indigência causadas
pela guerra, abrirá o caminho para uma transformação radical em sua vida.
Imediatamente ela quis conhecê-las. Encontra Chiara Lubich, coloca em comum
tudo o que tem e une-se a ela e ao primeiro grupo que a segue para partilhar
aquela “revolução evangélica” que tinha por objetivo resolver o problema social
de Trento e semear por toda parte, naquele período de grande desagregação
social, a fraternidade e a unidade. Era o início de um Movimento que assumirá
dimensões mundiais, o Movimento dos Focolares.
Esta experiência se repete no Brasil, quando, alguns anos depois, em 1959, junto com outros 7 jovens que,
como ela, haviam seguido Chiara, chega a Recife. “É necessário mudar o homem: é preciso ter homens novos para dar origem
a estruturas novas, cidades novas, um povo novo. E isto “unicamente Deus podia
fazer, unicamente a força do Evangelho” que já tinham experimentado eficazmente. Com o passar dos
anos este sonho começa a tornar-se realidade.
Em meio aos mais pobres, com a comunidade
que está surgindo, junto com o pão, semeia a Palavra de Deus. Um bairro de Recife, em condições de vida
degradantes, verá a mudança de seu nome e de seu semblante: de “Ilha do
Inferno” passará a chamar-se “Ilha Santa Terezinha”. É fundamental o seu
estímulo – que custou “sangue da alma” como ela mesma afirma – para as
primeiras concretizações da Economia de Comunhão, um projeto econômico
inovador, que teve a sua gênese em 1991, na Mariápolis Araceli (como era
chamada naquele tempo a atual Mariápolis Ginetta), durante uma histórica visita
de Chiara Lubich. Um projeto que surge como resposta aos desequilíbrios sociais
que atingem não apenas o povo brasileiro, mas toda a humanidade. Mesmo entre
dificuldades, que não são poucas, surge um Polo empresarial que atrai a atenção
não apenas de empresários, economistas e estudantes, mas também de políticos.
Nasce o Movimento Político pela Unidade, uma política animada pela
fraternidade.
“Não
lhe dou um crucifixo de madeira, mas um Crucifixo vivo”, é a entrega que Chiara lhe faz no momento da partida
pelo Brasil em 1959. “O Crucifixo estava ali, vivo nos irmãos”.
Ao longo de sua vida, foi sempre inabalável a fé que “quem crê Nele, mesmo se morto viverá”. E é Nele que está a raíz de tal
fecundidade. A vida de Ginetta teve o seu término no dia 8 de março de 2001.
Uma vida permeada de cumes e abismos, de não poucas provações físicas e
espirituais, sempre transformadas em fonte de vida que transbordava sobre os
outros.
Link para o boletim n° 6 "Ginetta Calliari":
terça-feira, 30 de outubro de 2012
Não podemos ver Deus, mas o “irmão” sim
Experiência
de Ginetta Calliari
Um professor
de religião tinha nos contado (e fiquei muito impressionada com o fato) que
certa vez, indo a uma livraria, o proprietário havia lhe indicado, entre os
vários volumes à venda, um todo amarelado e cheio de pó, dizendo: “Está vendo
este livro? Não consigo vendê-lo: é o Evangelho, mas ninguém o procura”.
Para nós, ao
invés, não havia nada mais belo e interessante do que esse livro que dava
sentido à nossa vida e diante do qual todos os outros desapareciam. Enquanto, sob o desencadear da guerra, todas
as filosofias e as ideologias humanas desvaneciam, quando todo ideal de beleza
e harmonia caia, destruído pelas bombas, dentro de nós a Palavra de Deus
adquiria forma e consistência. Cada
frase do Evangelho parecia tornar-se de fogo e ia se imprimindo em nossas
almas, transformando-as.
“Amarás o
Senhor teu Deus com todo o coração...” (cf. Deut 6,5), o primeiro e maior dos
mandamentos, foi uma das primeiras frases que vieram em relevo. Eu conhecia o Evangelho quase de cor e já
tinha ouvido aquelas palavras inúmeras vezes...
porém aquele “todo”, quem havia realmente entendido? Eu mesma, antes de conhecer o Ideal da
unidade, tinha certeza que amava Deus, mas não percebia que o meu coração se
deixava cativar também por outros ídolos.
Eu pensava que havia dado tudo a Ele porque passava muitas horas dentro
da igreja, mas depois, saindo, Ele permanecia como uma das muitas coisas
importantes do meu dia. Eu sentia que
Ele estava sempre ao meu lado, mas ao mesmo tempo me dedicava a mil outras
coisas.
“Quem a Deus
tudo não dá, nada dá”; para nos fazer entender bem isso, uma vez Chiara pegou
uma bolsa dizendo para uma de nós: “Pegue-a!”, mas quando ela foi fazê-lo não
conseguia, pois Chiara continuava a segurá-la em um pedacinho da alça. Deus não podia pegar aquilo que dizíamos que
estávamos lhe oferecendo se ainda segurávamos isso para nós em algum ponto.
Desde o
primeiro encontro com Chiara aconteceu uma verdadeira conversão dentro de mim,
porque finalmente doei a Deus todo o coração, toda a mente, todas as
forças. Os outros valores se ordenaram
de conseqüência, conforme as exigências da caridade que dava significado aos
atos que eu realizava durante o dia, convergindo todos para um único objetivo:
Deus!
Antes, eu ia
à igreja porque eu gostava, conversava com Jesus porque eu gostava, porém não
tinha um relacionamento com os outros. O meu relacionamento era entre eu e
Jesus na cruz. Depois entendi “aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é
incapaz de amar a Deus, a quem não vê” (cf. I Jô 4,20), que estava iludida, que
a medida do meu amor por ele deveria ser o amor que eu tinha pelo próximo. Como
eu não amava o próximo, nem sequer amava Deus.
Eu tinha um
caráter forte, rebelde, contrário a tudo aquilo que podia prender a minha
intocável liberdade e em geral dominava todas as situações. Todos deviam fazer
o que eu queria e, assim, às vezes faltava com a caridade. Mas quando isso
acontecia sentia um mal estar, algo me incomodava. E o que eu fazia? Saía de
casa, entrava numa igreja, me colocava no primeiro banco, como o fariseu, e
pedia desculpas a Jesus pela falta de caridade que eu tinha cometido contra a
minha irmã, ou um amigo, ou um vizinho, ou um professor, ou um colega. E saía
da igreja tranqüila.
Uma vez eu
estava em casa com minha irmã e faltei de caridade para com ela. Perdi a paz,
então fui à igreja para pedir desculpas a Jesus na Eucaristia. Mas, daquela vez
eu não tive coragem de me colocar no primeiro banco; fiquei no fundo e comecei
a pedir desculpas a Jesus, porém as palavras não saíam... A consciência me falava
- mas era Jesus na Eucaristia que me dizia através da consciência: “Escuta
Ginetta, você faltou de caridade, não é? Mas aquela palavra ‘desculpa’ que você
veio me dizer, não é a mim que deve dirigir; é a mim na sua irmã. Você faltou
de caridade não tanto para comigo diretamente, mas a mim na sua irmã”.
Naquele
instante, eu vi iluminarem-se as palavras do Evangelho, que dizem “Se estás,
portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu
irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai
primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta...” (cf.
Mt 5,23).
Eu saí
imediatamente. Entrei em casa e mesmo se por causa da soberba era um esforço enorme,
uma humilhação para mim pedir desculpas e reconhecer que tinha errado, pedi desculpas.
Voltou a
paz.
É uma
experiência que continua a me acompanhar de uma forma sempre mais nova, sempre
mais profunda. É a Palavra de Deus!
Baseado nos livros:
-
FERREIRA RIBEIRO,
Sandra, org. Ginetta. Uma vida pelo Ideal da Unidade. São Paulo, Cidade Nova,
2006
-
FERREIRA RIBEIRO,
Sandra, org. Ginetta. Fatos que ainda não contei. São Paulo, Cidade Nova, 2011
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Graças recebidas
Uma adolescente: Estou muito feliz em
escrever-lhes. Na nossa família, sentimos a presença de Deus e, diante dos
obstáculos que temos enfrentado, tenho a certeza de que Deus olha para nós.
Este ano recebi uma graça: fiz uma microcirurgia para retirar um ‘olho de
peixe’ que doía muito, mas não teve resultado e ele reapareceu ainda maior.
Minha mãe pediu a intercessão de Ginetta e no dia seguinte o ‘olho de peixe’
desapareceu. Foi muito interessante, parecia uma ‘mágica’ essa obra de Ginetta.
Uma religiosa: Tenho uma cunhada que estava internada num
hospital há um ano, tratando de uma doença gravíssima. Pedi a cura dela (por
intercessão de Ginetta) e que ela voltasse para casa. Três dias depois ela me telefonou para dizer
que recebeu um milagre! Estava em casa, boa e feliz!
Empresa Gi Calli
Jussara Gomes conta: Há cinco anos conheci a Economia de Comunhão (EdC). Achei o projeto incrível e quis conhecer mais profundamente, li alguns livros e depois fui convidada a participar de um Congresso em São Paulo, em 2009. Voltei muito empolgada, querendo ver acontecer esta realidade mas, - como tudo em nossa vida -, sozinha eu não consegui levar em frente essa idéia.
Em 2010 fui convidada para participar de um outro Congresso da EdC no Rio de Janeiro e, de repente, senti um desejo de levar toda a minha equipe. Todos concordaram em viver os princípios da EdC na empresa.
Durante o ano de 2010 a nossa empresa passou por diversas transformações e uma delas foi a troca do nome fantasia e a criação de uma nova marca. Tive a intuição e o desejo de homenagear Ginetta, pois havia lido a sua biografia (Ginetta. Uma vida pelo Ideal da unidade, Cidade Nova, 2006, ndr) e me identificado muito com ela. Muitas das suas características iam ao encontro das nossas, principalmente a fé na Providência. Daí surgiu o nome Gi Calli. E aconteceu uma grande transformação nos relacionamentos, não só com o pessoal externo, mas também dentro da empresa.
No final daquele mesmo ano resolvemos participar de um projeto da Faperj/ Firjan/ Sebrae de Inovação Tecnológica e Desing nas Empresas e, para nossa alegria, em 2011 fomos contemplados com o projeto e inovamos nossa empresa (mais uma graça de Ginetta). Em 2011, recebemos também o prêmio“Vip Marketing Empreendedor e Profissional de Sucesso” na nossa região e dedicamos este prêmio a Ginetta, pois é nossa grande inspiradora e protetora.
Estamos conscientes de que temos um longo caminho a trilhar, com diversos desafios, mas também com a certeza de que Ginetta está sempre ao nosso lado. Um fato interessante é que na entrada de nossa fábrica temos uma foto de Ginetta e embaixo dela escrevemos: “Gi Calli, uma família EdC”, pois é como nos sentimos: uma família que vive no amor e na prática da EdC.
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