terça-feira, 20 de agosto de 2019


Ginetta Calliari no ComVocação  2019 

Diocese de Osasco




















O ComVocação é o maior evento anual da Diocese de Osasco e da Igreja Católica no Brasil em prol das vocações. Na tenda dos stands muitas comunidades religiosas apresentam o próprio chamado de amor para servir ao Senhor e à Igreja.  E um espaço lindo, alegre, onde a fraternidade e apreciação reciproca pelos vários dons do Espirito Santo que embelezam a Igreja é palpável entre os expositores e os jovens que passam buscando conhecimento.
O Movimento dos Focolares, já ha vários anos, está presente apresentando Ginetta Calliari a primeira Serva de Deus desta Diocese e a sua vocação Focolarina. Nos dois dias da feira vocacional contamos com a presença dos nossos jovens vocacionados que além de apresentar Ginetta e o seu percurso de santidade partilharam a própria experiência de seguir o chamado de Deus em um Movimento Eclesial.
No domingo, após a Missa na Concha acústica, o Bispo Don João Bosco visitou e abençoou cada stand. Ao parar no stand de Ginetta recomendou orações para que ela seja canonizada em breve. Foram momentos de alegria partilhada. Especial também o encontro com Don Ercílio Turco o Bispo emérito que abriu a causa de Beatificação de Ginetta. 

terça-feira, 21 de maio de 2019

Ginetta  visitou a cidade de Sta Maria no Rio Grande do Sul várias vezes. Durante a sua visita em 1982 encontrando a  construção da catedral Sta Maria Medianeira ainda não terminada experimenta um sentimento de dor  e reflete sobre como melhor glorificar Maria, uma experiência que ela comunica aos habitantes de Sta Maria através de uma mensagem deixada à radio da cidade. Aqui publicamos alguns trechos:
«Sempre me impressionou ver o Santuário continuamente no mesmo ponto, parece que não vai para frente. Chegando aqui vejo que existem tantas construções novas, a única que parece estar parada é a casa de Maria. E isto para mim tem sido motivo de sofrimento. Eu me perguntava o porquê, sabendo que o Brasil tem Maria como padroeira.
...
Entendi que a catedral que devemos construir no século XX a Maria é uma outra.
Até ontem,  podia ser uma imagem , uma estátua, mas hoje isto já não é sufuciente.  São necessárias “estátuas vivas”, que somos nós que construimos a Obra de Maria.
É Maria que poderá fazer esta catedral nova, viva, mariana, digna Esposa de Cristo.  E isto acontecerá  quando Maria viver  em nós, quando formos a Palavra viva, o Evangelho vivo, a Escritura viva.
Isto acontecerá quando soubermos levar Maria para casa como fez S. João. Também hoje Jesus nos vê órfãos e repete à humanidade estas palavras: “Filho eis a tua Mãe”. Ela pessoalmente nos fará outras Maria aos pés da Cruz, com o olhar fixo na Cruz.
A nossa vocação é ser Maria. Devemos dizer, com a nossa vida, uma só palavra ao mundo: Maria!  Vivendo o Evangelho, pois ela, em sua vida fez uma só coisa: aderiu à Vontade de Deus, à Palavra.»


Centro Ginetta, 21/05/2019


sábado, 12 de setembro de 2015

Hoje, como no início  do Movimento no nosso País, a violência é uma das chagas mais dolorosas. O remédio  mais radical é sempre o Evangelho. Escreve Ginetta: “Em Recife a comunidade foi crescendo ao redor dos focolares. O AMOR AO INIMIGO, QUE Jesus pede no Evangelho, desfazia antigas rixas e inimizades...”

Marilda e seus seis irmãozinhos viviam felizes na fazenda.  Tinha dez anos quando seu pai foi assassinado, vitima de uma vingança prometida há muito tempo. Este drama deu lugar a privações, ao desespero, à saudade. Marilda nunca conseguiu perdoar. Quando conheceu a vida nova do evangelho no Movimento, começou nela uma forte luta interior. Jesus diz: "Amai os vossos inimigos, fazei o bem aos que vos odeiam”. Deveria amar também quem matou meu pai?! Interrogava-se insistentemente....

A partir daquele instante aceitaram-se como verdadeiras irmãs. Este testemunho arrastou suas famílias ao perdão, trazendo a harmonia e a paz por tanto tempo desconhecida. Quebrou-se definitivamente o círculo vicioso da vingança. 

terça-feira, 1 de setembro de 2015

Diante da extrema pobreza que Ginetta encontrou chegando em Recife, ela entendeu  que somente Deus seria capaz de resolver os problemas sociais. Mas qual Deus? Ela escreve: “Não um Deus relegado aos Céus, mas aquele Deus que podemos manter entre nós vivendo as palavras de Jesus: “Onde dois ou três estiverem reunidos em meu nome, ali estou eu no meio deles” (cf. Mt 18,20). Então o nosso compromisso era estar dispostas a tudo, até mesmo a dar a vida umas pelas outras.
Amávamos, e procurávamos servir, sem discriminação, as pessoas que encontrávamos no dia a dia. E quase sempre elas se sentiam atraídas por essa vida nova, por Jesus que, silenciosamente, havia-se introduzido no nosso grupo. Irmão invisível que proporciona plenitude de vida e uma luz inconfundível!

No primeiro focolare dormíamos em pobres colchões que, como a mesa, eram emprestados. Somente uma cadeira e um armário eram nossos...  As pessoas que ali chegavam nos diziam...

sexta-feira, 28 de agosto de 2015

Vamos começar a publicação da história de Ginetta no Brasil.


De Trento ao Brasil, com o crucifixo “vivo” no coração

“Sine sanguinis effusione non fit remissio, uma frase da Escritura que Ginetta (Luigia Calliari) costumava repetir: “Sem derramamento de sangue e sofrimento não existe redenção, não se produzem frutos”.
E na vida de Ginetta Calliari, desde que conheceu Chiara Lubich, em 1944, nunca faltaram dificuldades. Mas são simplesmente incontáveis também os frutos que ela soube produzir, até o dia de sua morte, 8 de março de 2001.

 A adesão de Ginetta ao ideal de unidade, de Chiara Lubich, foi imediata e radical.

Um sim incondicional a Deus, que em 1959 trouxe-a ao Brasil, acompanhada por um pequeno grupo de focolarinos: Marco Tecilla, Ada Ungaro (Fiore), Marisa Cerini, Violetta Sartori, Rino Chiapperin, Gianni Busellato.  Aqui, naquela época, havia apenas alguns jovens atraídos pelo ideal da unidade.
Começa assim uma nova aventura vivida com “amor autentico, forte, inflexível por Jesus Crucificado  Abandonato que gerava comunhão e unidade. Como sulinhou Dom Ercílio turco, hoje bispo emérito de Osasco (São Paulo) no momento da conclusão da fase diocesana do processo de beatificação. Sim porque – como declarou ainda ele, que deu início à causa de beatificação, “ela serve de exemplo para toda a sociedade”, porque mostra que um caminho de santidade suscita transformações, cria novas perspectivas, promove a fé, a paz e a unidade”.  E acrescentou: “Precisamos dessa unidade, quando, por toda parte, existem tantas divisões”. É a realidade desse nossos dias em todo o mundo.
Vamos assim percorrer algumas etapas de sua vida no Brasil assim como ela mesma nos contou.


1)       “Certo dia, Chiara me chamou e disse: “Ginetta, chegou a hora de deixar a Europa e levar esta espiritualidade a um outro continente. Não lhe dou um crucifixo de ferro, mas um crucifixo vivo”. Antes eu encontrava tantas imagens de cruzes, mas quando se consegue descobri-lo nas pessoas, ali se entende o crucifixo. Portanto é uma coisa extraordinária, é uma coisa novíssima!” . 

terça-feira, 18 de junho de 2013

Veja a entrevista feita pela Canção Nova Notícias: 


Processo de beatificação de Ginetta Calliari - 08/03/13


http://www.youtube.com/watch?v=0e2R8y7hghw

segunda-feira, 3 de junho de 2013

MAIS DE VINTE ANOS ATRÁS SURGIA A ECONOMIA DE COMUNHÃO

O impossível que se tornou possível graças ao "sim" de muitos

29 maggio 1991- Uma data histórica: naquele dia Chiara Lubich, da Mariápolis, expressão do Movimento dos Focolares, situada nas proximidades de São Paulo, e que na época trazia o nome de “Araceli” (agora “Ginetta”), lança a ideia de um projeto inovador: a Economia de Comunhão (EdC). Um projeto que, desde a sua gênesis, tinha como objetivo contribuir para sanar as graves consequências sociais geradas pela crise econômica, consequências que ela havia percebido ainda mais profundamente chegando ao Brasil.
 
Naquela ocasião Chiara dirigia-se a um público do Movimento dos Focolares, incentivando de modo especial os atuais empresários ali presentes e pessoas que futuramente pudessem se tornar empresários. Com a sua difusão em nível mundial o projeto suscitou o interesse de economistas e pesquisadores de várias disciplinas, que começaram a entrever nessa ideia uma possível resposta à atual crise mundial econômica e até mesmo cultural.
 
Ginetta acompanhou com paixão as primeiras realizações. Isso custou a ela e a tantas pessoas – como costumava expressar-se - “sangue da alma’.

 

Reportamos em seguida alguns trechos extraídos de diálogos dela com empresários brasileiros, em 1994 e 1996. Relendo-os sentimo-nos impulsionados a manter sempre vivo aquele ardor dos primórdios da EdC.  Na época em que Ginetta está falando, havia somente o Pólo empresarial Spartaco; hoje, no Brasil, contamos com mais dois Pólos da EdC: o Pólo Ginetta em Igarassu, nas proximidades de Recife e o Pólo François Neveux em Benevides, nas proximidades de Belém, frutos também esses da determinação e generosidade de muitos, o que testemunha a atualidade das palavras de Ginetta. 

Entrada do Pólo Ginetta (Igarassu - Recife)
“Quando Chiara nos comunicou essas suas ideias fascinantes, os nossos corações exultaram. Para nós era como o canto do Magnificat, que Maria proclamava para desencadear uma revolução de amor.
 
A adesão dos membros do Movimento foi imediata, entusiástica, comovente; dos ricos aos pobres, dos pequenos aos grandes... Cada um sentiu-se tocado e lançou-se numa contribuição pessoal das mais variadas formas. Vimos acontecer, de um modo surpreendente uma comunhão de bens como a dos primeiros cristãos: dinheiro, jóias, terrenos, casas, disponibilidade de tempo e de trabalho, disponibilidade de transferências, oferta a Deus de sofrimentos e da própria vida.
O povo brasileiro, como o definiu Chiara, “magnífico, generoso, simples, pobre, mas que doa tudo, inteligente, criativo e solícito”, soube responder ao apelo.

 

 
Com o desejo ardente de concretizar imediatamente esta inspiração, iniciamos a procura de um terreno que tivesse todos os requisitos de uma região industrial, para garantir, no futuro, um Pólo no qual as empresas, por estarem instaladas no mesmo local, pudessem testemunhar esta nova economia.
Depois da experiência destes anos, podemos afirmar que a geografia de Deus não é a mesma dos homens, porque Deus, escolhendo o Brasil, conhecia a trágica situação econômica do País. Abrir empresas num contexto social como o nosso, no qual milhares de fábricas estão fechando por causa da crise econômica, humanamente é absurdo, é contra a lógica humana... Pois Cristo quer que vivamos de fé: "Tudo é possível àquele que crê" (Mc 9, 23).
 
Vista aérea Pólo Spartaco

 Mas é preciso que a EdC vá para frente, para que realmente não haja nenhum necessitado. Portanto, hoje mais do que nunca, o futuro da EdC depende de cada um de vocês, empresários da comunhão na liberdade.

 “O que fazer? Desanimar diante de um desafio tão grande? Com certeza não. A Palavra do evangelho, que estamos procurando viver nesse mês nos diz: “Não temas, crê somente”. É isso que eu peço a mim mesma e a todos vocês: não temamos, continuemos a acreditar. Assim como Deus deu coragem àqueles que se empenharam até agora, continuará a dá-la.
 
Embora não nos sintamos capacitados, a fé em Deus fará com que ele manifeste a sua potência levando a Economia de comunhão a um desenvolvimento inimaginável”.

(Para saber mais: www.edc-online.org/br)

quinta-feira, 16 de maio de 2013

Gen Rosso inicia tournée no Brasil com Ginetta



“Ajuda-nos a abraçar a cruz em todas as dificuldades; durante toda a viagem ajuda-nos a encontrar a providência para as diversas necessidades... tu, que agora estás perto de Deus e podes nos ajudar ainda mais do que quando estavas conosco...”.
Foi esta a oração de Frei Hans diante do túmulo de Ginetta, junto com Nelson, que com ele iniciou a Fazenda da Esperança, junto com todos os componentes do conjunto internacional Gen Rosso, com os cidadãos da Mariápolis Ginetta e outras numerosas pessoas dos arredores que haviam participado da missa cantada pelo grupo artístico na Igreja de Jesus Eucaristia.
Na homilia Frei Hans havia apresentado a próxima tournée, intitulada “Fortes sem violência”, que se estenderá em várias cidades do Brasil onde estão presentes as Fazendas da Esperança: começando em Aparecida (de 16 a 18 de maio), para depois continuar em São Paulo (25 e 26 de maio), Belo Horizonte (6 a 8 de junho), São Luiz (18 e 19 de junho), Aracaju (5 e 6 de julho), Fortaleza (18 e 19 de julho) e concluindo, no dia 27 de julho, no Rio de Janeiro, no grande encontro da Jornada Mundial da Juventude (JMJ).
O objetivo: através da apresentação do Gen Rosso que envolverá e terá como protagonistas sobre o palco os jovens da Fazenda, “levar à descoberta de Deus que é amor, o único capaz de preencher o vazio que existe no coração de muitos nesta sociedade “adoecida pelo individualismo e pela solidão”, testemunhar que é Ele “a prevenção” mais eficaz “para o inferno que a droga causa nos jovens e em tantas famílias”. “Queremos que possam encontrá-lo através da nossa vida – acrescentou Frei Hans – através do amor recíproco que permite que Ele viva entre nós; e possam experimentar aquela “força que é algo bem diferente da violência”.
E foi justamente este o motivo da decisão de vir à Mariápolis Ginetta antes de iniciar: “Queremos, com Ginetta, fazer um pacto de unidade entre nós, para que o amor recíproco esteja sempre vivo e termos a garantia de que aonde formos Jesus estará entre nós. E onde Ele está, acontecem milagres”.
Para saber mais:
www.genrosso.org.com









segunda-feira, 18 de março de 2013

Mensagem de Lavis, terra natal de Ginetta



Lavis, 7 de março de 2013
Recebi o anúncio do encerramento da Causa e domingo comuniquei aos fiéis da paróquia esta boa notícia, que marca um importante passo avante rumo ao reconhecimento da santidade de vida de Ginetta Calliari, que nasceu, foi batizada e cresceu nesta nossa paróquia.
Informei também a Administração Pública e o Sr. Prefeito me encarregou de transmitir também o seu contentamento.
A nossa paróquia e a comunidade de Lavis estão felizes por ser a terra natal de Ginetta, que deu, principalmente no Brasil, o seu maravilhoso testemunho de vida cristã, uma árvore frondosa que brotou aqui, mesmo se foi posteriormente transplantada em outras terras. 
Estamos felizes pela positiva conclusão da fase diocesana do processo de canonização e esperamos com confiança e esperança o dia em que poderemos chamar “beata” a nossa Ginetta.
Portanto queremos, por meio desta, garantir a nossa participação espiritual à celebração de amanhã, enviar a dom Ercílio Turco a nossa saudação e o nosso agradecimento, além de partilhar com vocês a alegria por este momento!
Pe. Vittorio Zanotelli
Pároco


segunda-feira, 11 de março de 2013


“Que a santidade de Ginetta Calliari seja reconhecida,
o quanto antes, para o bem da Igreja”

Esta foi a oração do cardeal D. Odilo Scherer, arcebispo de São Paulo na mensagem lida ontem, 8 de março, na solene cerimônia de conclusão da fase diocesana do Processo de beatificação que, do Brasil, agora segue para o Vaticano.

“Através do testemunho de Ginetta anunciamos ao mundo que Jesus é o caminho, não somente para a nossa salvação pessoal, mas também para a construção de uma sociedade fraterna onde podemos viver a comunhão, a unidade, a justiça, a verdade e a santidade”.

Assim D. Ercílio Turco, bispo de Osasco (SP), na Catedral Santo Antonio, encerrou a solenidade de conclusão da fase diocesana do processo de beatificação de Ginetta Calliari, uma das primeiras companheiras de Chiara Lubich, chamada por ela mesma “cofundadora” do Movimento dos Focolares no Brasil, onde viveu por mais de 40 anos. Afirmou ainda: “Esta cerimônia, inserida na celebração do ano da Fé, é um precioso ponto de referência e uma graça para toda a Igreja” e convidou todos a pedir a Deus que “se for a Sua vontade, a sua vida seja apresentada como modelo de santidade para a Igreja”.

O bispo recordou “o seu amor autentico, forte, inflexível, exclusivo por Jesus Crucificado e Abandonado, que gerava comunhão e unidade”. “A essência do Evangelho é o amor”, acrescentou.  “E Ginetta viveu o amor a Jesus e aos irmãos, que levou-a a abraçar com entusiasmo o projeto de Chiara que hoje já é uma realidade: a Economia de Comunhão; amor traduzido em gestos concretos que promovem a vida e é sinal de uma sociedade nova, permeada pela fraternidade, pela partilha.”  Na sua vida – afirmou o bispo – contemplamos a realização das palavras da Gaudium et Spes: “A missão da Igreja, por sua natureza, se mostra religiosa e por isso mesmo profundamente humana”.

Na catedral de Osasco se respirava um clima de grande alegria e emoção.
A sua imagem luminosa na foto ao lado do altar tornava visível, mais do que nunca, a atração que sua vida continua a exercer ainda hoje. Vê-la, através de uma grande tela, em um vídeo, onde em poucos minutos comunicou a força do seu encontro com Chiara Lubich, com o carisma da unidade, com Deus que transformou a sua vida, foi impressionante.

A sua fidelidade ao carisma genuíno foi reconhecida por Chiara no dia da sua partida desta terra, como recordou a presidente dos Focolares, Maria Voce, na sua mensagem enviada para a ocasião: “Nisto está a  autenticidade de sua vida, o  segredo, a amplitude e a concretude de suas obras”.

Forte e comovente o testemunho de Norma Curti, que viveu com Ginetta por mais de 30 anos: “Não  existia obstáculo, imprevisto ou contrariedade que a freava” - disse. “A sua força era a fé nas palavras do Evangelho. ‘E a fé – Ginetta dizia - è a nossa participação à onipotência de Deus’ ”.

Seguiu-se a cerimônia presidida pelo Bispo, com todos os membros que compunham o Tribunal da Causa, o postulador, Carlo Fusco e a vice-postuladora, Sandra Ribeiro. Aos pés do altar as 14 caixas que foram fechadas e sigiladas. “Estas caixas contém, recordou Sandra Ribeiro, além dos 130 testemunhos de cardeais, bispos, mães e pais de família, políticos, empresários, trabalhadores, movidos pelo fascínio de Deus, que Ginetta comunicava, um total de quase 5.000 paginas, e também paginas de diário que por 40 anos escreveu fielmente, anotações de seus numerosíssimos discursos e cartas.

Estiveram presentes na cerimônia o ex-ministro do trabalho, Walter Barelli, representantes do Circulo Trentino em São Paulo, uma delegação da associação budista Risho Kossei Kai no Brasil, com o Reverendo Kazuyoshi Nakahara; Dr. Carlos Barbouth e a sua esposa Elsa, judeus, membros do Conselho Geral da Fraternidade Cristã Judaica de São Paulo, como demonstração de que o testemunho de Ginetta vai além dos confins da Igreja.

“Sentimo-nos unidos no seu mesmo caminho” – foram as palavras do Dr. Barbout. “Eu sempre acreditei que todos podemos ser exemplos uns para outros, e testemunho dos valores mais genuínos daquilo que mais precioso podemos realizar: trabalhar por um mundo melhor. Ginetta certamente cumpriu esta missão”. 

sábado, 9 de março de 2013

Mensagem de Emmaus (Maria Voce), presidente do Movimento dos Focolares



Rocca di Papa, 8 de março de 2013
Prezados amigos
Uno-me a todos os participantes desse momento especial no qual se conclui a fase diocesana da Causa de Beatificação de Ginetta Calliari. Agradeço de modo especial a Dom Ercílio Turco, bispo diocesano de Osasco, que sempre nos incentivou e apoiou. Agradeço também as autoridades civis e religiosas presentes.
O exemplo de Ginetta – uma das primeiras companheiras de Chiara Lubich – com o seu amor tenaz, a sua fé cristalina, a sua vida totalmente imbuída de Evangelho, certamente será uma luz para muitas pessoas e, por isso, estamos felizes por entregar à Igreja o seu maravilhoso testemunho.
Quando ela faleceu, Chiara escreveu uma mensagem referindo como Ginetta havia compreendido genuinamente o Carisma da Unidade, a ponto de vivê-lo com radicalismo e ajudar outras pessoas a vivê-lo. “Nesse fato – afirmava Chiara – está a autenticidade da sua vida, o segredo, a concretude e a integridade das suas obras”.
Nós, do Movimento dos Focolares, que a conhecemos pessoalmente, e também o povo brasileiro, que a amou e foi por ela tão amado, agora dirigimos a Deus o nosso agradecimento por nos tê-la doado como um modelo, alguém que respondeu generosamente ao chamado universal à santidade.
Do Céu, Ginetta continuará nos acompanhando com amor e ajudando-nos no esforço de viver, todos juntos, pela unidade e pela fraternidade universal.
Sintam-me com vocês,
                   Maria Voce Emmaus 

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2013


GINETTA CALLIARI: fé e coragem


Uma italiana com coração brasileiro

Cofundadora do Movimento dos Focolares no Brasil.
No próximo dia 8 de março de 2013, Dia Internacional da Mulher,
abre-se uma nova fase no processo de beatificação: do Brasil ao Vaticano.
A Missa seguida da uma cerimonia, será presidida pelo bispo, dom Ercílio Turco
na Catedral de Osasco.

Ginetta Calliari: uma mulher contemporânea, de grande atualidade. “É um exemplo para toda a sociedade. Testemunha que seguir um caminho de santidade gera transformações, cria novas perspectivas, promove a fé, a paz e a unidade, que tanto precisamos neste mundo”. Foi o que afirmou dom Ercílio Turco, bispo de Osasco, que iniciou a sua causa de beatificação. Significativo o fato que justamente o dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, seja o dia do seu falecimento (2001), do início da Causa  (2007) e agora da conclusão da fase diocesana, para prosseguir depois no Vaticano.

Ginetta, co-fundadora do Movimento dos Focolares no Brasil, passou 40 anos da sua vida nesta terra, que se tornou a sua terra, contribuindo admiravelmente para o progresso espiritual e social do nosso país. Tanto que a sua memória foi celebrada na Câmara dos Deputados em Brasília, nas Assembleias Legislativas de 10 estados e nas Prefeituras de 10 cidades; a Câmara Municipal de São Paulo concedeu-lhe o título de cidadã honorária. Foi reconhecida como modelo de vida também por líderes e seguidores do judaísmo, islamismo e budismo, com os quais havia estabelecido um diálogo fraterno.

Desde jovem sentia uma forte sede de justiça. A notícia que na sua cidade tem algumas jovens  colocam em comum roupas, sapatos, casacos, para distribuí-los aos mais pobres, mesmo nas condições de indigência causadas pela guerra, abrirá o caminho para uma transformação radical em sua vida. Imediatamente ela quis conhecê-las. Encontra Chiara Lubich, coloca em comum tudo o que tem e une-se a ela e ao primeiro grupo que a segue para partilhar aquela “revolução evangélica” que tinha por objetivo resolver o problema social de Trento e semear por toda parte, naquele período de grande desagregação social, a fraternidade e a unidade. Era o início de um Movimento que assumirá dimensões mundiais, o Movimento dos Focolares.

Esta experiência se repete no Brasil, quando, alguns anos depois, em 1959, junto com outros 7 jovens que, como ela, haviam seguido Chiara, chega a Recife. “É necessário mudar o homem: é preciso ter homens novos para dar origem a estruturas novas, cidades novas, um povo novo. E isto “unicamente Deus podia fazer, unicamente a força do Evangelho” que já tinham experimentado eficazmente. Com o passar dos anos este sonho começa a tornar-se realidade.

Em meio aos mais pobres, com a comunidade que está surgindo, junto com o pão, semeia a Palavra de Deus. Um bairro de Recife, em condições de vida degradantes, verá a mudança de seu nome e de seu semblante: de “Ilha do Inferno” passará a chamar-se “Ilha Santa Terezinha”. É fundamental o seu estímulo – que custou “sangue da alma” como ela mesma afirma – para as primeiras concretizações da Economia de Comunhão, um projeto econômico inovador, que teve a sua gênese em 1991, na Mariápolis Araceli (como era chamada naquele tempo a atual Mariápolis Ginetta), durante uma histórica visita de Chiara Lubich. Um projeto que surge como resposta aos desequilíbrios sociais que atingem não apenas o povo brasileiro, mas toda a humanidade. Mesmo entre dificuldades, que não são poucas, surge um Polo empresarial que atrai a atenção não apenas de empresários, economistas e estudantes, mas também de políticos. Nasce o Movimento Político pela Unidade, uma política animada pela fraternidade.

“Não lhe dou um crucifixo de madeira, mas um Crucifixo vivo”, é a entrega que Chiara lhe faz no momento da partida pelo Brasil em 1959.  “O Crucifixo estava ali, vivo nos irmãos”. Ao longo de sua vida, foi sempre inabalável a fé que “quem crê Nele, mesmo se morto viverá”. E é Nele que está a raíz de tal fecundidade. A vida de Ginetta teve o seu término no dia 8 de março de 2001. Uma vida permeada de cumes e abismos, de não poucas provações físicas e espirituais, sempre transformadas em fonte de vida que transbordava sobre os outros.

Link para o boletim n° 6 "Ginetta Calliari":


terça-feira, 30 de outubro de 2012

Não podemos ver Deus, mas o “irmão” sim



Experiência de Ginetta Calliari

Um professor de religião tinha nos contado (e fiquei muito impressionada com o fato) que certa vez, indo a uma livraria, o proprietário havia lhe indicado, entre os vários volumes à venda, um todo amarelado e cheio de pó, dizendo: “Está vendo este livro? Não consigo vendê-lo: é o Evangelho, mas ninguém o procura”. 
Para nós, ao invés, não havia nada mais belo e interessante do que esse livro que dava sentido à nossa vida e diante do qual todos os outros desapareciam.  Enquanto, sob o desencadear da guerra, todas as filosofias e as ideologias humanas desvaneciam, quando todo ideal de beleza e harmonia caia, destruído pelas bombas, dentro de nós a Palavra de Deus adquiria forma e consistência.  Cada frase do Evangelho parecia tornar-se de fogo e ia se imprimindo em nossas almas, transformando-as.
“Amarás o Senhor teu Deus com todo o coração...” (cf. Deut 6,5), o primeiro e maior dos mandamentos, foi uma das primeiras frases que vieram em relevo.  Eu conhecia o Evangelho quase de cor e já tinha ouvido aquelas palavras inúmeras vezes...  porém aquele “todo”, quem havia realmente entendido?  Eu mesma, antes de conhecer o Ideal da unidade, tinha certeza que amava Deus, mas não percebia que o meu coração se deixava cativar também por outros ídolos.  Eu pensava que havia dado tudo a Ele porque passava muitas horas dentro da igreja, mas depois, saindo, Ele permanecia como uma das muitas coisas importantes do meu dia.  Eu sentia que Ele estava sempre ao meu lado, mas ao mesmo tempo me dedicava a mil outras coisas.
“Quem a Deus tudo não dá, nada dá”; para nos fazer entender bem isso, uma vez Chiara pegou uma bolsa dizendo para uma de nós: “Pegue-a!”, mas quando ela foi fazê-lo não conseguia, pois Chiara continuava a segurá-la em um pedacinho da alça.  Deus não podia pegar aquilo que dizíamos que estávamos lhe oferecendo se ainda segurávamos isso para nós em algum ponto.
Desde o primeiro encontro com Chiara aconteceu uma verdadeira conversão dentro de mim, porque finalmente doei a Deus todo o coração, toda a mente, todas as forças.  Os outros valores se ordenaram de conseqüência, conforme as exigências da caridade que dava significado aos atos que eu realizava durante o dia, convergindo todos para um único objetivo: Deus!
Antes, eu ia à igreja porque eu gostava, conversava com Jesus porque eu gostava, porém não tinha um relacionamento com os outros. O meu relacionamento era entre eu e Jesus na cruz. Depois entendi “aquele que não ama seu irmão, a quem vê, é incapaz de amar a Deus, a quem não vê” (cf. I Jô 4,20), que estava iludida, que a medida do meu amor por ele deveria ser o amor que eu tinha pelo próximo. Como eu não amava o próximo, nem sequer amava Deus.
Eu tinha um caráter forte, rebelde, contrário a tudo aquilo que podia prender a minha intocável liberdade e em geral dominava todas as situações. Todos deviam fazer o que eu queria e, assim, às vezes faltava com a caridade. Mas quando isso acontecia sentia um mal estar, algo me incomodava. E o que eu fazia? Saía de casa, entrava numa igreja, me colocava no primeiro banco, como o fariseu, e pedia desculpas a Jesus pela falta de caridade que eu tinha cometido contra a minha irmã, ou um amigo, ou um vizinho, ou um professor, ou um colega. E saía da igreja tranqüila.
Uma vez eu estava em casa com minha irmã e faltei de caridade para com ela. Perdi a paz, então fui à igreja para pedir desculpas a Jesus na Eucaristia. Mas, daquela vez eu não tive coragem de me colocar no primeiro banco; fiquei no fundo e comecei a pedir desculpas a Jesus, porém as palavras não saíam... A consciência me falava - mas era Jesus na Eucaristia que me dizia através da consciência: “Escuta Ginetta, você faltou de caridade, não é? Mas aquela palavra ‘desculpa’ que você veio me dizer, não é a mim que deve dirigir; é a mim na sua irmã. Você faltou de caridade não tanto para comigo diretamente, mas a mim na sua irmã”.
Naquele instante, eu vi iluminarem-se as palavras do Evangelho, que dizem “Se estás, portanto, para fazer a tua oferta diante do altar e te lembrares de que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa lá a tua oferta diante do altar e vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; só então vem fazer a tua oferta...” (cf. Mt 5,23).
Eu saí imediatamente. Entrei em casa e mesmo se por causa da soberba era um esforço enorme, uma humilhação para mim pedir desculpas e reconhecer que tinha errado, pedi desculpas.
Voltou a paz.
É uma experiência que continua a me acompanhar de uma forma sempre mais nova, sempre mais profunda. É a Palavra de Deus!


Baseado nos livros:

-        FERREIRA RIBEIRO, Sandra, org. Ginetta. Uma vida pelo Ideal da Unidade. São Paulo, Cidade Nova, 2006

-        FERREIRA RIBEIRO, Sandra, org. Ginetta. Fatos que ainda não contei. São Paulo, Cidade Nova, 2011

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

Graças recebidas


Uma adolescente: Estou muito feliz em escrever-lhes. Na nossa família, sentimos a presença de Deus e, diante dos obstáculos que temos enfrentado, tenho a certeza de que Deus olha para nós. Este ano recebi uma graça: fiz uma microcirurgia para retirar um ‘olho de peixe’ que doía muito, mas não teve resultado e ele reapareceu ainda maior. Minha mãe pediu a intercessão de Ginetta e no dia seguinte o ‘olho de peixe’ desapareceu. Foi muito interessante, parecia uma ‘mágica’ essa obra de Ginetta.
 
Uma religiosa: Tenho uma cunhada que estava internada num hospital há um ano, tratando de uma doença gravíssima. Pedi a cura dela (por intercessão de Ginetta) e que ela voltasse para casa. Três dias depois ela me telefonou para dizer que recebeu um milagre! Estava em casa, boa e feliz!

Empresa Gi Calli


Em Bom Jesus (RJ), Ginetta inspirou o nome de uma fábrica de bolsas.

Jussara Gomes conta: Há cinco anos conheci a Economia de Comunhão (EdC). Achei o projeto incrível e quis conhecer mais profundamente, li alguns livros e depois fui convidada a participar de um Congresso em São Paulo, em 2009. Voltei muito empolgada, querendo ver acontecer esta realidade mas, - como tudo em nossa vida -, sozinha eu não consegui levar em frente essa idéia.

Em 2010 fui convidada para participar de um outro Congresso da EdC no Rio de Janeiro e, de repente, senti um desejo de levar toda a minha equipe. Todos concordaram em viver os princípios da EdC na empresa.

Durante o ano de 2010 a nossa empresa passou por diversas transformações e uma delas foi a troca do nome fantasia e a criação de uma nova marca. Tive a intuição e o desejo de homenagear Ginetta, pois havia lido a sua biografia (Ginetta. Uma vida pelo Ideal da unidade, Cidade Nova, 2006, ndr) e me identificado muito com ela. Muitas das suas características iam ao encontro das nossas, principalmente a fé na Providência. Daí surgiu o nome Gi Calli. E aconteceu uma grande transformação nos relacionamentos, não só com o pessoal externo, mas também dentro da empresa.

No final daquele mesmo ano resolvemos participar de um projeto da Faperj/ Firjan/ Sebrae de Inovação Tecnológica e Desing nas Empresas e, para nossa alegria, em 2011 fomos contemplados com o projeto e inovamos nossa empresa (mais uma graça de Ginetta). Em 2011, recebemos também o prêmio“Vip Marketing Empreendedor e Profissional de Sucesso” na nossa região e dedicamos este prêmio a Ginetta, pois é nossa grande inspiradora e protetora.

Estamos conscientes de que temos um longo caminho a trilhar, com diversos desafios, mas também com a certeza de que Ginetta está sempre ao nosso lado. Um fato interessante é que na entrada de nossa fábrica temos uma foto de Ginetta e embaixo dela escrevemos: “Gi Calli, uma família EdC”, pois é como nos sentimos: uma família que vive no amor e na prática da EdC.